“Muitos Acórdãos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro não dizem absolutamente nada. Eu mesmo tenho rejeitado vários que me chegaram às mãos”. Quem diz isso é o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Marcelo Ribeiro, em apoio ao voto do ministro-relator, Eros Grau, no processo que permitiu ao candidato Arnaldo Vianna disputar a prefeitura de Campos contra a ex-governadora Rosinha Garotinho.
Por decisão unânime, o TSE devolveu o processo para o TRE-RJ por considerá-lo superficial. Faltando três dias para a eleição do segundo turno, a Justiça Eleitoral fluminense negou pela terceira vez o pedido de registro da candidatura do pedetista, para o regozijo da campanha adversária. Isso, sem acrescentar novos argumentos ou provas que sustentassem tal impugnação, como determinara o Tribunal Superior Eleitoral, segundo os advogados de defesa de Vianna.
Esse imbróglio jurídico, iniciado através de um recurso interposto pela própria coligação da ex-governadora, foi o tema central da campanha de Rosinha Garotinho. Propostas e programa de governo foram questões periféricas na propaganda de rádio e TV. Sua principal bandeira contra o adversário foi oferecida pelo Tribunal Regional Eleitoral, e o clima de insegurança sobre a validade ou não dos votos ao representante do PDT pesou para sua derrota nas urnas.
Situação semelhante viveu o prefeito de Cabo Frio, Marquinhos Mendes, conforme me contou um dos seus secretários municipais. “A palavra final do processo democrático não é mais o voto, mas sim a decisão da Justiça Eleitoral. O advogado passou a ser a figura mais destacada que o próprio candidato.”, desabafou. Pode ser um exagero, mas o fato é que está muito fácil cassar os direitos políticos com base em denúncias pautadas por desafetos.
Em Petrópolis, foi decretada sumariamente a inelegibilidade do então líder nas intenções de voto, Ronaldo Medeiros, acusado de uso indevido da máquina pública. De fato, trata-se de um crime eleitoral que merece ser punido com rigor. Mas o uso da máquina, em questão, se limita à denúncia de que dois, eu disse, dois funcionários da prefeitura de Petrópolis supostamente distribuíam papéis de campanha para Medeiros durante o horário de expediente. O impacto dessa decisão foi devastador para o representante do PSDB, que já chegou ao segundo turno derrotado moralmente.
Se, em nome da moralização do processo eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro entende que tais decisões vão ao encontro deste objetivo, que pelo menos a Justiça avance em todas as direções. Ou será que uma edição fraudulenta da sessão do Pleno do TSE, distorcida para esconder a verdade de que Arnaldo Vianna poderia disputar o segundo turno em Campos, não é passível de perda do registro de Rosinha Garotinho? Não estaria a eleição de Eduardo Paes impugnada, por uso da máquina administrativa, após a descoberta no comitê do candidato do PMDB de merenda escolar com logotipo do governo do estado?
A persistir esse tipo de situação, chegaremos numa encruzilhada em 2010. Ou o Tribunal Superior Eleitoral exerce sua ascendência sobre as instâncias regionais, e edita alguma portaria determinando que os pedidos de impugnação de candidaturas pedidas por adversários precisam de aprovação prévia do TSE, ou então a sociedade brasileira terá de se familiarizar com termos jurídicos para saber qual será o destino final do seu voto.
8 comentários:
Em janeiro acaba a boquinha...e Rock Vianna ainda vai perder seu mandato de Deputado Federal que está por enquanto garantido por uma liminar. Aguardem...
Desespero de perdedor!
Já começou a demagogia... reduzir salários de prefeito, vice e vereadores, no alto de sua experiência a madame sabe que isso teria que ser feito agora pela atual legislatura, joga para a galera... mentirosinha, demagoga...
Mais uma de demagoga e agora sem conhecimento... se conhecesse o PSF saberia que não há previsão de fisioterapeutas, e assistentes sociais no programa, estes devem estar num nucleo de apoio, é outro concurso madame, aprenda um pouquinho de SUS....
A passagem a um real vai começar dia primeiro de janeiro, o bicho vai pegar pq o eleitor não aceitará pagar mais que isso!
Marcelo Gato qual será seu cargo?? Presidente da Presidente Fundação Jornalista Oswaldo Lima??
Perdeu, perdeu! Vaza!
A boquinha acabou!
Marcelo Gato qual será seu cargo?? Presidente da Presidente Fundação Jornalista Oswaldo Lima??
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